Ele nunca jogou no Santos Futebol Clube, mas hoje o Blog DNA Santástico abrirá uma exceção para homenagear um grande ídolo do futebol.
À sua maneira, genial como Pelé, ousado e alegre como Neymar!
Manoel dos Santos, o eterno Garrincha, melhor ponta-direita que o mundo já viu, nasceu em Pau Grande, Distrito de Magé, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro de 1933. O apelido era o nome de um passarinho, que quando garoto o ponta gostava de caçar.
Garrincha começou sua carreira no Botafogo-RJ em 1953, já nos primeiros treinos ousou driblar o mitológico Nilton Santos de tudo que era jeito com suas pernas tortas.
Era uma nova história nascendo. Em mais de uma década com a camisa alvinegra, Garrincha, também chamado de Anjo das Pernas Tortas, se tornou eterno. Ganhou três vezes o Campeonato Carioca e venceu duas edições do Roberto Gomes Pedrosa, além de um Rio-São Paulo.
Na década de 60, o Botafogo de Garrincha e o Santos de Pelé protagonizaram grandes duelos.
O desempenho arrasador pelo Botafogo foi o caminho para a Seleção.
Já na primeira Copa, veio o primeiro título. Mané Garrincha deixou os suecos boquiabertos com seus dribles. Não fez gols, mas foi decisivo. Na final, deu dois passes para Vavá virar sobre a Suécia e encaminhar a goleada de 5 a 2. Era a consolidação do mito. Mas a relação dele com a Seleção se tornaria ainda mais forte na Copa seguinte.
Veio 1962, veio a Copa do Mundo do Chile, veio a consagração de Garrincha. Com Pelé lesionado logo na largada do Mundial, Mané assumiu o papel de craque da equipe. Fez quatro gols: dois nas quartas de final, diante da Inglaterra, e outros dois nas semifinais, contra o país-sede. Foi expulso, mas jogou a final mesmo assim. Com 39 graus de febre, carregou o Brasil à vitória de 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia e ao bicampeonato mundial.
Depois do Botafogo, já com sérios problemas no joelho, Garrincha ainda defendeu o Corinthians (1966), a Portuguesa Carioca (1967), o Atlético Júnior, da Colômbia (1968), o Flamengo (1968), o Olaria (1972) e o Milionários (time de jogadores veteranos que se apresentava em todos os cantos do Brasil), entre 1974 e 1982.
Genial com a bola nos pés, o anjo de pernas tortas, foi castigado pela vida boêmia após deixar os gramados.
Hoje faz 30 anos que Garrincha nos deixou, ele morreu no Rio de Janeiro em 20 de janeiro de 1983, vitimado por consequências da cirrose. Morreu sozinho, em uma clínica especializada em distúrbios mentais. Foi velado no Maracanã.
Obrigado Mané Garrincha, anjo das pernas tortas, por tudo que você fez pelo futebol, que Deus o tenha!
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