Salu da Bandinha

No decorrer de sua história, o Santos FC, já teve inúmeros torcedores fanáticos, e um dos mais conhecidos foi Salustiano da Costa Lima Júnior (*23/10/1909 | +25/07/1971), ou simplesmente o Salu da Bandinha.

Salu
Salu

Ele foi uma figura muito querida e respeitada no seio da coletividade alvinegra. Associou-se ao Peixe no dia 06 de julho de 1928 e a ele toda sua vida dedicou. Sua mãe, Dona Maria, e todos os seus irmãos eram também apaixonados pelo time da Vila Belmiro. Sua irmã, de nome Araci Lima, foi uma excelente cantora.

Salu no meio da torcida do Peixe com sua boina de almirante
Salu no meio da torcida do Peixe com sua boina de almirante

Salu irradiava e transmitia alegria, costumava passar a maior parte do tempo cantando e contagiando a todos pela maneira feliz como se portava no dia-a-dia. Trabalhou durante muitos anos na famosa Casa Rosário, uma conceituada agência funerária da Cidade. Salu nasceu em Santos, no dia 23 de outubro de 1908, por coincidência o mesmo dia e mês do Rei Pelé, a quem ele ajudou e muito orientou quando de sua chegada ao clube praiano.

Foi um dos grandes colaboradores do Bloco da Bola Alvinegra, quando o grupo carnavalesco ocupava a sede do Santos, na Rua Itororó, 27.

Salu com Athie Jorge Coury e Modesto Roma
Salu com Athie Jorge Coury e Modesto Roma

Salu marcou sua presença na história do Peixe quando comandava a famosa bandinha em jogos no Estádio Urbano Caldeira, incentivando o time santista. Era comum vê-lo atravessar as ruas do centro, tocando um bumbo velho, anunciando a vitória do seu Santos querido. A caminhada começava no Café Paulista, passava defronte a sede A Tribuna e terminava a farra no Café do Oeste, completamente rouco de tanto gritar o nome do seu time do coração.

Salu entre Gilmar e Pepe
Salu entre Gilmar e Pepe

Como jogador foi apenas razoável, mas como técnico ganhou o primeiro campeonato juvenil do Estado, no ano de 1936. Contam os antigos Alvinegros que quando ele colaborava com o clube, como massagista ou roupeiro em dias de treinamentos na Vila, deixava o carro funerário estacionado na porta do estádio e dentro do carro, às vezes tinha o corpo de algum pobre coitado, que lá ficava horas e horas à espera do final do treino. Só depois é que o esquecido Salu ia tomar as devidas providências.

Salu (último em pé à direita) e o time do Santos FC de 1943
Salu (último em pé à direita) e
o time do Santos FC de 1943

Sua passagem pelo Santos é até hoje lembrada com carinho pelos vários amigos que no Peixe deixou. Quando de seu falecimento o cortejo funerário percorreu as ruas do bairro da Vila Belmiro e deu uma volta em torno do Estádio Urbano Caldeira, privilégio esse concedido aos que em vida tiveram uma relação forte e afetiva com o glorioso Santos Futebol Clube.

Fontes:

– Coluna Passado de Glórias do amigo Guilherme Gomez Guarche (Pesquisar e Historiador do Santos Futebol Clube) originalmente publicada no site do Santos.

Edmar Junior e Guilherme Guarche
Edmar Junior e Guilherme Guarche

– Almanaque Esportivo de Santos.


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