Dorval Rodrigues nasceu em Porto Alegre (RS) no dia 26 de fevereiro de 1935, começou a carreira nos juvenis do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Transferiu-se para o Esporte Clube Força e Luz como profissional, onde permaneceu dos 17 aos 19 anos. Em 1956 foi vendido ao Santos, empresariado por Arnaldo Figueiredo, dirigente do Força e Luz.
Sua estreia no Alvinegro aconteceu no dia 20/05/1956, em partida amistosa jogada no Estádio Mário Alves de Mendonça, em São José do Rio Preto, na vitória pelo placar de 3 a 1 diante do América local, com Pagão, Alfredinho e Tite marcando os tentos santistas. Na ocasião, o time formou com: Manga (Osvaldo), Hélvio (Sarno) e Ivan; Ramiro, Formiga (Feijó) e Zito; Alfredinho (Dorval), Jair Rosa Pinto (Pepe), Pagão (Del Vecchio), Vasconcelos e Tite. O técnico era Luiz Alonso, o Lula.
No início de 1957, Dorval foi emprestado ao Juventus da rua Javari, onde se destacou na preparação do campeonato paulista daquele ano, mas 3 meses retornou ao Santos como titular no lugar de Alfredinho.
Já em 1960, o Santos tinha Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, considerada a maior linha de meio e ataque da história do futebol brasileiro. Em 1964, Dorval foi vendido junto com Batista e Luís Claudio para o Racing da Argentina. Como o clube argentino não quitou o passe do trio, Dorval acabou retornando ao Santos em 1965, ficando até 67.
Dorval jogou pelo alvinegro praiano 610 partidas (5º que mais atuou) e marcou 193 gols, sendo o sexto artilheiro na tábua geral do time da Vila Belmiro segundo números do Almanaque do Santos FC de Guilherme Nascimento. A última vez em que vestiu a camisa do Santos foi no dia 23/04/1967, na vitória pelo placar de 3 a 0, diante do Bangu, no Pacaembu, no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, quando substituiu o ponta-direita Copeu, com Edu marcando dois gols e Pelé um.
Em seguida, acertou com o Palmeiras. No clube do Palestra Itália jogou com Ademir, Zequinha, César Maluco, Servílio, Djalma Santos, Geraldo e Tupãzinho. Pelo Palmeiras, foram apenas 20 jogos (12 vitórias, 4 empates, 4 derrotas) e nenhum gol marcado.
Em 1968 foi para o Atlético Paranaense, onde jogou até 1971. Foi campeão paranaense em 70, ao lado de Bellini, Zé Roberto, Nílton Dias, Nílson e Sicupira. Ficou seis meses na Venezuela defendendo o Valencia. Depois veio para o SAAD, junto com Coutinho e Joel, encerrando a carreira em 1972.
Frases e curiosidades:
“A maior glória que tive foi defendendo o Santos, onde conquistei cinco títulos paulistas, o Bi-Mundial, duas Libertadores, quatro Rio-São Paulo e cinco Taças do Brasil.”
“Em 65, o Dalmo foi expulso em uma partida contra o Botafogo-RJ e fui deslocado para a lateral para marcar o Garrincha. Eu era mais rápido do que ele e acabava ganhando as jogadas pela direita. Vencemos aquela partida por 3 a 1. Mas, era muito difícil marcar o Garrincha.”
Sobre a história contada por Pepe, afirmando que Dorval dançou com um Travesti sem saber. “A história do Pepe, é tudo mentira, o Pepe é um tremendo mentiroso. O Pepe era um jogador que não saía da concentração, mas ficava inventando história de todo mundo”, brinca o ponta.
“Eu, o Tite e o Coutinho gostávamos de sair. O Pelé, por ser muito famoso, não se expunha muito.”
Dorval era conhecido como locomotiva dentro dos campos, mas fora deles, ganhou fama como Pé-de-Valsa e Macalé entre os jogadores do Santos.
Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos de Oliveira, Formiga e Nílton Santos; Zito, Garrincha, Didi, Coutinho, Pelé e Pepe. Técnico Lula. Esta é a seleção de todos os tempos de Dorval.
Na Seleção Brasileira Dorval jogou 13 partidas e marcou um gol.
Depois de pendurar as chuteiras…
Após encerrar sua carreira Dorval dedicou parte do seu tempo para atuar em projetos sociais com objetivo de buscar talentos, lapidar e formar jogadores para serem encaminhados para clubes profissionais.
Dorval também costuma prestigiar eventos, já estive com ele várias vezes, é sempre um grande prazer encontrar este eterno ídolo que honrou muito o manto sagrado da Vila.
Na data de publicação deste post o ídolo Dorval completou 82 anos de vida.
No 26º episódio do Universo Santástico apresentando por André Argolo, a entrevista foi com o maior ponta direita da história do Santos FC… A simplicidade em pessoa! Confira:
Créditos: Santos FC, Assophis, Que Fim Levou, Tardes de Pacaembu e Universo Santástico