Indicado ao Oscar pela fotografia de “Cisne Negro” (2010) e aclamado na seara blockbuster de Hollywood pela concepção visual de “Homem de Ferro” (2008), o nova-iorquino de origem filipina Matthew Libatique tem pela frente, pelos próximos dois meses, a tarefa de tirar do papel a cinebiografia de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Começou a ser rodado ontem (30/09), em diferentes pontos do Rio, o projeto do produtor Brian Grazer (“O Código Da Vinci”) de verter a história de Pelé às telas, como ficção, com direção dos irmãos Jeff e Michael Zimbalist. Convidado pelo Festival do Rio para ministrar uma palestra (realizada no sábado passado no Armazém da Utopia, no Cais do Porto) sobre o ofício de fotógrafo no cinema americano, Libatique vai comandar uma equipe de técnicos brasileiros no longa, ainda sem título, mas previsto para estrear em meio à Copa do Mundo de 2014 (12 de junho a 13 de julho).
— A ideia é retratar Pelé como um super-herói, por seus feitos — diz Libatique, lembrando que os produtores impõem um regime de confidencialidade de informações, mantendo em segredo até o elenco (já se especula a participação de Rodrigo Santoro). — Embora os irmãos Zimbalist tenham experiência documental forte (em filmes como “Favela rising” e “Os dois Escobares”), vamos construir um recorte totalmente ficcional na reconstituição de época.
Fonte: Rodrigo Fonseca | O Globo