Uma noite inesquecível

Na noite de quinta-feira (31/05) fui ao Museu do Futebol para acompanhar a abertura do Cinefoot 2012,  festival de cinema do Brasil e da América Latina criado por Antonio Leal e exclusivamente dedicado à difusão e promoção de filmes sobre a maior paixão nacional: o futebol.

Foi uma noite inesquecível!!!

Antonio Leal, abrindo o Cinefoot 2012 em São Paulo

O glorioso Santos Futebol Clube foi o grande homenageado da sessão inicial que contou com a presença dos ilustres ex-jogadores e eternos ídolos Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pepe e Dalmo, representando o clube e o Presidente Luis Alvaro lá esteve Giovanna Mariotto, vários torcedores do Alvinegro Praiano também marcaram presença.

Para sessão inicial foram programados dois títulos que se referem ao alvinegro  da Vila Belmiro:

– Canal 100: Santos Tricampeão Paulista e o Milésimo Gol de Pelé.
– Santos 100 Anos de Futebol Arte, de Lina Chamie.

Porém, antes da exibição dos filmes, os craques do Santos e a representante do clube foram chamados ao palco para receberem homenagens da organização do Cinefoot e do patrocinador Petrobras.

Dorval, Pepe, Coutinho, Dalmo e Mengálvio receberam homenagens, Giovanna Mariotto recebeu em nome do Santos e do Presidente Luis Alvaro.
Giovanna Mariotto (representante do Santos Futebol Clube e do Presidente Luis Alvaro no evento) e Edmar Junior

Completando a lista de títulos da sessão inicial, o Cinefoot programou a exibição de Gaúchos Canarinhos.

Quem também esteve prestigiando a sessão inicial, foi o ex-jogador da Tchecoslováquia Josef Jelinek, que enfrentou o Brasil na final da Copa de 1962, vencemos por 3 a 1 sem Pelé, mas com Garrincha, Didi e Vavá.

Edmar Junior e o ex-jogador da Tchecoslováquia Josef Jelinek.

O Ataque Mágico

Ver o Santos Tricampeão Paulista (67, 68 e 69) e o milésimo gol de Pelé nas lindas imagens do Canal 100 durante o Cinefoot foi muito bacana, já o filme Santos 100 Anos de  Filme Arte eu já havia assistido algumas vezes, agora o fato mais emocionante da noite foi estar com os ex-jogadores e eternos ídolos Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe que eu já conhecia de outros eventos e o não menos ídolo Dalmo que há muito tempo eu desejava conhecer.

Embora eu já conhecesse Dorval, Mengálvio, Coutinho e Pepe de outros eventos, conforme mencionei acima, foi a primeira vez que encontrei todos juntos num mesmo evento, e claro, não perdi a oportunidade de organizá-los para uma foto na formação clássica do ataque mágico conhecida no mundo inteiro e declamada como uma quintilha poética, humildemente ocupei o lugar de um tal Edson, mais conhecido como Pelé. Foi muito emocionante!!!

Ataque Magico - Blog DNA Santastico

Dorval, Mengálvio, Coutinho, Edmar Junior e Pepe
A formação clássica do ataque mágico conhecida no mundo inteiro e declamada como uma quintilha poética: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe


Dalmo Gaspar

E se não bastasse a emoção de encontrar todas estas feras juntas, realizei também o desejo de conhecer o grande ídolo Dalmo Gaspar, há muito tempo eu buscava isto, foi uma grande honra! Pude parabeniza-lo e agradecer pessoalmente, pelo gol de sua autoria, que deu ao Santos o BI-CAMPEONATO MUNDIAL em 1963 e por tudo que ele, assim como os demais ídolos daquela geração, fizeram pelo Santos Futebol Clube.

Edmar Junior e Dalmo Gaspar

Neste ponto gostaria de fazer uma menção honrosa e particular agradecimento a amiga Ana Paula Gaspar (filha do Dalmo) e também ao amigo Wesley Miranda, eles são testemunhas do meu desejo e tentativas de conhecer o ídolo Dalmo e foram fundamentais para que eu conseguisse. Obrigado Ana e Wesley!!!

Dalmo Gaspar nasceu em 19 de Outubro de 1932, começou a jogar futebol no bairro Vianelo, em Jundiaí. O menino foi selecionado por um “olheiro” do São Paulo de Jundiaí, onde foi aprovado e conquistou seu primeiro título, na Liga Jundiaiense de Futebol, como juvenil.

Em seguida despertou o interesse do Paulista de Jundiaí, onde atuou até ser contratado pelo Guarani, de Campinas.

Ganhando cada vez mais notoriedade como lateral-esquerdo, Dalmo foi para o Santos Futebol Clube, por onde atuou de 1957 a 1964 e acumulou uma série de títulos.

Dalmo nos tempos de Santos F.C.

Nos Santos Futebol Clube,  Dalmo conquistou os seguintes títulos:

– Campeão Paulista (5): 1958, 1960, 1961, 1962, 1964;
– Campeão Brasileiro (2): 1961 e 1964;
– Campeão da Taça Libertadores (2): 1962 e 1963;
– Campeão do Torneio Rio-São Paulo (1): 1959;
– Campeão do Torneio Pentagonal da Cidade do México: 1959;
– Campeão do Torneio Triangular de Valência (Espanha-1° Edição do Troféu Naranja): 1959;
– Campeão do Torneio Thereza Herrera, Cidade de La Coruña, Espanha (1959);
– Campeão do Torneio Cidade de Paris, França (1960);
– Campeão do Torneio Gialorosso, Roma, Itália (1960);
– Campeão do Torneio Triangular de San José, Costa Rica (1961);
– Campeão do Torneio Pentagonal de Guadalajara, México (1961);
– Campeão do Torneio Itália (1961); Campeão do Torneio Cidade de Paris (1961).
Fonte: Santos Futebol Clube

“Gylmar, Lima, Mauro, Calvet, Dalmo, Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe jamais serão superados”, diz Dalmo.

O grande Santos Futebol Clube mencionado por Dalmo.

O momento mágico vivido por Dalmo aconteceu no Maracanã, no dia 16 de Novembro de 1963, quando Dalmo fez de pênalti o gol da vitória santista na terceira partida das finais diante do Milan e o Santos Futebol Clube sagrou-se assim BI-CAMPEÃO MUNDIAL.

A história do confronto épico entre Santos e Milan em 1963, bem como o gol de Dalmo (à partir dos 13m:20s) pode ser visto no vídeo abaixo:



Dalmo, hoje é funcionário público aposentado, com Maria Carbonari Gaspar teve dois filhos, Fábio Gaspar e Ana Paula Gaspar, atualmente mora em Jundiaí.

Mais uma vez, obrigado Dalmo Gaspar!

Mais sobre o CINEFOOT

O festival vai de 31/05 a 05/06 e divide-se entre dois “campos”: terá sessões no Museu do Futebol e no Reserva Cultural, o cinema do ex-jogador do Olympique de Marseille e hoje são-paulino Jean-Thomas Bernardini.

São duas casas naturais para abrigar um festival de filmes de futebol – o belo museu dedicado ao esporte e o cinema cujo dono um dia abandonou os gramados depois de romper os ligamentos do joelho.

O Cinefoot tem também a missão combater a ideia de que futebol e cinema não casam. Ou, pelo menos, não casam bem. Se, de fato, é difícil imitar na tela as emoções de um jogo ao vivo, a verdade é que não faltam bons filmes sobre o esporte mais popular do mundo. Para prová-lo, o Cinefoot escalou uma bela seleção de filmes atuais e outros nem tanto, com essa pausa no Brasileirão, quer programa melhor? E é tudo de graça, vale a pena conferir!

Saiba mais em: http://www.cinefoot.org/

Referências:
– Estadão;
– Que fim levou?

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