Berço do Santos Futebol Clube, eterna e querida casa, a cidade de Santos está completando 472 anos!
Nasceu de um pequeno povoado, denominado Enguaguaçu, quando Martin Afonso de Souza, em sua missão colonizadora, distribuiu terras entre seus homens, na região da enseada do Enguaguaçu, no outro lado da ilha de São Vicente, atual centro da cidade Santos.
Em 1541 o povoado passou a receber a denominação de Porto de São Vicente, em razão da transferência do antigo porto da Ponta da Praia para este local. A mudança logo se mostrou propícia ao desenvolvimento, tanto que logo o antigo povoado foi elevado à categoria de vila por Brás Cubas, a Vila do Porto de Santos, depois chamada simplesmente de Vila de Santos.
Com o advento da economia cafeeira da província de São Paulo e a necessidade de aparelhar o porto, a Vila de Santos teve o impulso que viabilizou seu crescimento em termos econômicos, populacionais e espaciais. Em 1839, a Vila de Santos foi elevada à categoria de cidade.
Portanto, somente à partir da segunda metade do século XIX, com a economia do café que a cidade começou a mudar sua fisionomia acanhada. Primeiramente com a inauguração da ferrovia, ligando o interior produtor ao litoral exportador.
Em 1870, foi fundada a Associação Comercial de Santos congregando o alto comércio cafeeiro.
Em 1890, após inúmeras tratativas, ocorreu a construção do cais do porto para dar conta do aumento da produção cafeeira e suportar navios mais modernos, rápidos e maiores, os transatlânticos.
Assim, a construção e a expansão do porto foram deslocando a população em direção à barra, impulsionando bairros populosos como a Vila Mathias e a Vila Macuco.
Apesar deste crescente desenvolvimento, a cidade vinha sendo ameaçada e fustigada pelas epidemias, principalmente a febre amarela e o tifo que dizimavam a população. Além de fatores externos, essas epidemias se avolumavam por causa da infraestrutura urbana, deficiente até o início do século XX. Obras de saneamento foram necessárias para superação dos males.
Para sanear a cidade, o engenheiro Saturnino de Brito inventou um plano urbanístico que, entre outras realizações, cortou a cidade em canais, juntando novos espaços de sociabilidade. Os fantasmas da epidemias foram desaparecendo ao se unir com outras obras sanitárias e com o trabalho de Guilherme Álvaro, na Comissão Sanitária.
Ao chegar o final da primeira década do século XX, muitos equipamentos modernos estavam saneando e embelezando a cidade, atraindo mais população, desejosa de enriquecimento e de maior conforto: a rede de esgotos; a iluminação elétrica; os bondes puxados à tração elétrica, além da criação de uma rede de escolas, incluindo colégios religiosos e grupos escolares estaduais.
A expansão urbana caminhava em direção das praias ainda pouco povoadas e nos espaços intermediários das avenidas Ana Costa e Conselheiro Nébias polvilhava-se a ação de construtores, entre eles os da Cia. Construtora Santos.
Na ocasião da fundação do Santos Futebol Clube em 1912, consolidava-se na cidade sua fase de transformação. A vida social crescia de forma rápida, movida pelo dinheiro dos cafeicultores, dos negócios ligados ao porto e influências dos imigrantes, na época os estrangeiros compunham quase 45% da população. Surgiam assim, para essa nova sociedade, novos divertimentos, atrações e esportes.
Bom, tentei contar um pouquinho da bela história da cidade de Santos, espero que tenham gostado. Agora que tal conhecer Santos, terra sagrada, de uma forma que talvez você ainda não tenha visto? Confira no vídeo abaixo:
O Blog DNA Santástico na figura de seu mantenedor Edmar Junior felicita a cidade de Santos e sua população pelos 472 anos desta terra linda e sagrada!
E para encerrar o post em grande estilo, confira a já tradicional música Santos Obra-Prima da Mãe Natureza em homenagem a cidade de Santos, composta por Ricardo Peres e Bio Peres, desta vez regravada pela Orquestra Sinfônica de Santos: